O governo federal vai padronizar os preços para compra de produtos de TI (Tecnologia da Informação). O objetivo é gerar uma economia de cerca de 35%. (Foto ilustração)
Na sexta (27), a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia publicou o primeiro catálogo com preços máximos que poderão ser cobrados em licitações de produtos da Microsoft. Os gastos com a empresa chegaram a R$ 1 bilhão no período de 2012 a 2018.
Todos os 217 órgãos do governo deverão seguir os preços do catálogo, que será atualizado a cada seis meses.
Para chegar aos valores, membros do ministério e da Controladoria-Geral da União estão desde maio rastreando os valores cobrados nas licitações de TI. O catálogo foi criado com base no menor preço praticado pela Microsoft.
Com a padronização, o governo vai pagar o teto estipulado no catálogo, independentemente do volume da compra.
Segundo o secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro, o governo investe R$ 8 bilhões atualmente em TI e deve ser atendido de acordo com sua escala total. Hoje, cada órgão negocia separadamente o preço, de acordo com a demanda individual.
A Microsoft não aceitou um acordo para estabelecer o teto antes da publicação do catálogo e a divulgação acabou sendo unilateral pelo governo.
Isso só foi possível após a publicação de uma alteração na Instrução Normativa (IN) nº 1, que estabeleceu novas regras para as compras governamentais e previu a implantação dos catálogos.
Até o final deste ano, Oracle, IBM, VMWARE e Red Hat serão convocadas a negociar acordos bilaterais com condições especiais, compatíveis ao volume contratado. Cada uma terá um catálogo.(FolhaPress)