O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou que os bispos e cardeais que participam do Sínodo da Amazônia “têm o direito de discutir o que bem entendem”, mas que a “posição de alguns da cúpula católica” não reflete a posição de todos. No discurso da missa de abertura do encontro, que vai até o dia 27 de outubro, o Papa Francisco disse que “o fogo causado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o fogo do Evangelho”.
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, publicada neste domingo, 6, Bolsonaro disse que “alguns querem voltar para aquilo que foi discutido em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), a questão da internacionalização da Amazônia”.
Bolsonaro afirmou que as declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a crise climática na Amazônia serviram para despertar “o espírito patriótico no Brasil”. “O pessoal começou a se interessar”, disse. Ele também voltou a criticar o cacique Raoni Metuktire, liderança indígena mais influente da atualidade. “Nós levamos a índia Ysani Kalapalo para ONU, li uma carta lá dos índios agricultores. Nós começamos a tirar o monopólio do Raoni”, disse, repetindo um trecho de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas. (veja)