O fundo soberano da Arábia Saudita vai aplicar US$ 10 bilhões no Brasil, de acordo com anúncio feito pelos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
A quantia é equivalente a R$ 43 bilhões. No entanto, ainda não foram definidas quais as obras que devem ser beneficiadas com o valor nem o prazo que o recurso deve ser investido.
Será criado um conselho de cooperação entre o Brasil e a Arábia Saudita, com participação da iniciativa privada, para determinar quais as áreas e a velocidade da alocação dos recursos.
O acordo é o principal resultado da viagem de Bolsonaro pela Ásia. O mandatário já esteve no Japão, China, Emirados Árabes Unidos e no Catar.
Bolsonaro acabou não participando do anúncio, após a polêmica em torno do vídeo em que compara o STF a uma hiena e a si mesmo com um leão.
O Brasil é o sexto país que vai receber investimento do fundo soberano árabe, que tem uma carteira de US$ 320 bilhões.
A lista inclui Estados Unidos, Japão, França, Africa do Sul e Rússia. O montante a ser aplicado no Brasil é o mesmo investido na Rússia e metade que já foi aplicada na França.
Onyx afirmou que um dos projetos que pode receber recursos é o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) para a obra da Ferrogrão, ferrovia planejada para ir do Mato Grosso ao Pará, com custo estimado em US$ 3 bilhões.
De acordo com reportagem da Folha, o comunicado conjunto divulgado pelos dois países, no entanto, é menos incisivo do que as declarações feitas pelos ministros brasileiros.
No documento, Brasil e Arábia Saudita citam apenas “explorar potenciais oportunidades de investimentos mutuamente benéficos em até US$ 10 bilhões”. ( Metro 1 )