Genro da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro, o advogado baiano Marcio Duarte Miranda teria usado a compra de carros de luxo para lavar dinheiro, como aponta a sentença proferida na operação Faroeste, deflagrada hoje (19) na Bahia e assinada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes.
Em uma fase da apuração, conversas do advogado sugerem que ele usava um “mecanismo de branqueamento de ativos”. Ele aparece em negociações de veículos que vão desde R$ 269 mil a R$ 540 mil.
A desembargadora comandou o TJ-BA de 2016 a 2018. Ela foi afastada do cargo, juntamente com o atual presidente da Corte, Gesivaldo Brito, José Olegário Monção, Maria da Graça Osório e os juízes Marivalda Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Marcio, que concorreu a uma vaga de desembargador, atua como uma espécie de “corretor dos serviços criminosos de sua sogra […] funcionando também como intermediário no recebimento de vantagens indevidas por parte da desembargadora Maria do Socorro”.
No deferimento da prisão temporária, com validade de cinco dias, o ministro Og Fernandes argumenta ainda que existem “atos contemporâneos” envolvendo o investigado em suposto esquema criminoso nas terras do Estrondo, no Oeste da Bahia. ( Metro 1 )