Pelo menos dois deputados do “PSL bolsonarista” evitaram assinar a ata de fundação do Aliança pelo Brasil, lançado ontem pelo presidente.
Foram orientados a isso, sob o risco de perderem seus mandatos por infidelidade. Há precedentes na Justiça Eleitoral.
O deputado General Peternelli (PSL-SP) evitou até mesmo ir ontem ao hotel onde ocorreu a convenção. E citou uma metáfora do futebol.
“Prudência. Claro que estou ao lado do Bolsonaro. Mas a legislação não é clara sobre isso. Não pode o Neymar, no PSG, assinar ficha de outro clube”, disse Peternelli ao Radar.
Carlos Jordy (PSL-RJ) foi, mas não assinou. Colocou o pai e irmão para endossarem.
A orientação que receberam de um advogado eleitoral foi a seguinte: a legislação diz que um simples filiado não pode assinar ficha de apoiamento para criação de um novo partido. Portanto, ninguém do PSL pode subscrever.
O antecedente utilizado é caso do ex-deputado federal Rodovalho, do Distrito Federal. Ele era do Democratas e foi para o Partido Progressista (PP), mas usou como justificativa e trampolim a criação do Partido Socialista da República (PSR). Teve o mandato cassado. (veja)