Após afirmar que “a letalidade não foi provocada pela Polícia Militar” no caso do baile funk que terminou com nove pessoas mortas em Paraisópolis, comunidade da capital paulista, o governador de São Paulo, João Doria, mudou de posicionamento. Ontem (5), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o chefe do Executivo estadual afirmou que orientou o secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, a rever protocolos da Polícia Militar.
“O secretário da Segurança Pública já foi orientado a rever protocolos e identificar procedimentos que possam melhorar e inibir, senão acabar, com qualquer perspectiva da utilização de violência e de uso desproporcional de força em qualquer acontecimento do estado de São Paulo”, afirmou, mudando o tom.
Ao comentar vídeos que mostram agressões cometidas por policiais durante bailes funk em Heliópolis e Paraisópolis, Doria disse que a ação ostensiva dos agentes nas comunidades “não é rotineira”, apenas circunstancial. Ele ainda afirmou que ficou “muito chocado” ao assistir ao vídeo gravado em um baile funk em Paraisópolis, em outubro, no qual um policial aparece agredindo, com um bastão de madeira, jovens que passam correndo. “É uma circunstância inaceitável”, disse ele. “Como governador de São Paulo, eu não aceito que esse procedimento exista e não vai mais existir. Pelo menos faremos de tudo para que isso não mais aconteça.” ( Metro 1 )