Em nota, a executiva municipal do PT em Salvador afirmou que a cassação da aposentadoria do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é “persecutória” e sem embasamento legal”.
O cancelamento do benefício foi feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) e publicado no Diário Oficial da União de anteontem (24). De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Gabrielli é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em processo que apura superfaturamento de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
“A grave cassação persecutória, sem embasamento legal, da aposentadoria de um servidor público prenuncia a estratégia de se tentar naturalizar este tipo de prática”, diz o comunicado da sigla.
A nota acusa o governo Bolsonaro de “contínua utilização das instituições da República para perseguir adversários, dificultando-lhes a vida, o sustento, atentando contra a própria dignidade humana”.
“Aceitar a cassação do direito de um servidor público, que em seu currículo só tem linhas de bons serviços prestados, é abrir o caminho para que outras e outros, que por apenas terem servido ao Brasil e não comungarem com o vil entreguismo de lesa pátria que hora governa o país, sejam também duramente perseguidos”, defende a executiva municipal.
Gabrielli se pronunciou sobre o assunto por meio do Facebook e chegou a dizer que o cancelamento do benefício significa sua morte econômica. Ele também prometeu ir à Justiça contra a decisão.
“Vou recorrer à Justiça contra esta absurda decisão de perseguição política. Minha aposentadoria é resultado de 36 anos e dois meses de vínculo com a UFBa e portanto não tem nada a ver com a Petrobras. Em relação aos fatos relacionados com a empresa não há qualquer indiciamento criminal e as investigações no âmbito do TCU são ainda investigações sem conclusões. A minha aposentadoria da UFBa é minha ÚNICA fonte de renda e portanto está absurda decisão da CGU é a condenação à morte econômica. Vou lutar até o limite pelos meus direitos”, prometeu. ( Metro 1 )