A greve nos transportes na França contra a reforma da Previdência entrou em seu 29º dia nesta quinta-feira (2), um recorde histórico, com as negociações bloqueadas e a previsão de novas mobilizações na próxima semana. (Foto ilustração)
A trégua durante as festas de fim de ano permitiu um cenário melhor nesta quinta (2), com apenas uma linha de metrô totalmente fechada em Paris e 50% dos trens de alta velocidade em circulação no país.
No inverno de 1986-1987, os funcionários da empresa nacional de ferrovias (SNCF) permaneceram em greve por 28 dias.
Quase 200 manifestantes se reuniram hoje na frente de uma refinaria em Donges (oeste do país) e bloquearam as saídas.
Os sindicatos convocaram uma nova mobilização nacional para 9 de janeiro e, a partir da próxima segunda-feira (6), estão previstas manifestações de várias categorias de profissionais liberais, como os advogados, e no setor petroleiro.
O sindicato CGT quer organizar bloqueios a partir de terça-feira em refinarias e depósitos de combustíveis.
O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, pediu a participação de todos os franceses na paralisação.
Na mensagem de fim de ano, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu um “compromisso rápido” entre o governo e os sindicatos.
O governo aposta em buscar uma solução negociada com os sindicatos mais reformistas (CFDT, CFTC e Unsa). (G1: Foto: Philippe Desmazes / AFP)