O desembargador Benedicto Abicair, responsável pela decisão de suspender a veiculação do especial de Natal do Porta dos Fundos na Netflix, relatou em novembro de 2017 um processo que envolvia o presidente da República Jair Bolsonaro.
No caso, o então deputado federal foi condenado em segunda instância a pagar indenização por dano moral em ação movido por grupos de defesa dos direitos LGBT+ que o acusaram de ter dado declarações homofóbicas e racistas.
Abicair decidiu votar a favor de um recurso de Bolsonaro no TJ-RJ. O magistrado argumentou que, em uma democracia, não via como “censurar o direito de manifestação de quem quer que seja”.
O voto de Benedicto, a favor da absolvição, acabou vencido pela maioria dos desembargadores.
À época, Bolsonaro foi réu por ter declarações ao programa “CQC”, da TV Band. Em uma das falas veiculadas, o então parlamentar disse que não teria filhos gays porque os seus “tiveram boa educação”. ( Metro 1 )