Após cinco séculos de predomínio da Santa Sé, vem aí a era da maioria evangélica – os “crentes”. A previsão é de José Eustáquio Alves, doutor e pesquisador em demografia. Entre 1991 e 2010, os católicos caíam 1% ao ano e os evangélicos cresciam 0,7%. Segundo Alves, são várias as indicações de que a queda do primeiro grupo passou para 1,2% nos últimos anos e a subida do segundo, para 0,8%. Se aplicar estas taxas num modelo de projeção geométrica, diz o demógrafo, chegamos a essa projeção.
Alves, que se aposentou em 2019 do IBGE, projeta que a partir de 2022, o ano em que o país comemora sua independência, os seguidores do Vaticano devem encolher para menos de 50% e, dez anos depois, seriam 38,6% da população. Três décadas bastaram para o Brasil perder um monopólio relativamente estável desde a chegada dos portugueses – que celebraram a primeira missa por aqui em 26 de abril de 1500, quatro dias após desembarcarem. (Folha)