Interlocutores diretos do secretário especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, afirmaram à coluna Radar, da Revista Veja, que o ele não apenas sabia da origem nazista da música e do discurso que fez como, ao aprovar o conteúdo, brincou.
“Ele chegou a dizer, rindo, que seria chamado de nazista por causa do vídeo. Foi o próprio Alvim que escolheu a música inclusive”, disse um dos interlocutores, sob anonimato.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Roberto Alvim afirmou que o caso seria uma “coincidência retórica”, resultante de uma pesquisa no Google.
Na versão dele, as frases que remetem ao ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, foram colocadas em sua mesa pelos assessores que se dedicaram à pesquisa. Segundo Roberto, a ideia original era buscar no Google discursos sobre o tema “nacionalismo em arte”.
Ele disse que redigiu 90% do pronunciamento, mas não se responsabilizou pelas frases copiadas de um dos textos do ministro da Alemanha nazista.
O secretário classificou o episódio como uma “casca de banana” e disse que não poderia se desculpar por algo que não fez “deliberadamente”. ( Metro 1 )