A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) divulgou, nesta quarta-feira (29), o dossiê dos assassinatos e da violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2019. Neste relatório, a Bahia ocupa a terceira colocação no ranking dos estados brasileiros. Leia na íntegra
Segundo o dossiê, foram mortos oito transexuais e/ou travestis, na Bahia. A liderança do ranking é ocupada por São Paulo com 21 assassinatos, seguido por Ceará com 11, Bahia e Pernambuco com 8 e o Rio de Janeiro com 7.
No ranking por regiões do Brasil, o Nordeste ocupa a liderança com 45 assassinatos [37% dos casos] dos 124 que ocorreram no país no ano passado.
Ranking por região do Brasil:
Nordeste: 45 assassinatos
Sudeste: 37 assassinatos
Sul: 14 assassinatos
Norte: 14 assassinatos
Centro-Oeste: 12 assassinatos
Sudeste: 37 assassinatos
Sul: 14 assassinatos
Norte: 14 assassinatos
Centro-Oeste: 12 assassinatos
Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais
Desde 2008, a ANTRA realiza o levantamento com o número de assassinatos notificados de pessoas trans. De 2018 para 2019, houve uma redução de 39 casos. Os levantamentos da associação mostram que o país registrou, em média, 118,2 assassinatos de travestis e transexuais por ano desde 2008. Com essa média, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, segundo dados internacionais da ONG Transgender Europe. O Brasil lidera o ranking desde 2008.
Ranking dos assassinatos no Brasil, segundo dados do ANTRA:
2008: 58
2009: 68
2010: 99
2011: 100
2012: 123
2013: 108
2014: 134
2015: 118
2016: 144
2017: 179
2018: 163
2019: 124
2009: 68
2010: 99
2011: 100
2012: 123
2013: 108
2014: 134
2015: 118
2016: 144
2017: 179
2018: 163
2019: 124
Vale lembrar em junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu criminalizar a homofobia e a transfobia, dessa forma, o crime foi tipificado da mesma maneira que o racismo.
Como foram mortas as pessoas trans:
Dos 124 assassinatos notificados em 2019, não há informações em 13 sobre o tipo de meio/ferramenta utilizado para cometer o crime: 43% foram cometidos por armas de fogo; 28% por arma branca e 15% por espancamento, estrangulamento e/ou asfixia.
Os mais jovens assassinados, três vítimas, tinham apenas 15 anos, sendo que duas delas foram apedrejadas até a morte. ( Luciano Reis Bnews )