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Policiais Civis decidem por paralisação: “Quem vai sofrer é a sociedade”, diz sindicato

Foto: Reprodução
Após assembleia realizada nesta terça-feira (4), o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, anunciou que a categoria vai fazer nova paralisação de 24h nesta sexta-feira (07). A categoria protesta contra a PEC 159/2020, da reforma da Previdência para os servidores estaduais.
Segundo Eustácio, a manifestação chama a atenção da sociedade e do governo para a importância da corporação:
“Nós não estamos polarizados de forma política. Apenas chamamos a atenção da sociedade para o grande prejuízo que causou à instituição e como a polícia pode recuar em defesa da sociedade”, afirma. Em seguida ele rebate a declaração do governador Rui Costa, que afirmou nesta segunda-feira (3) que a categoria poderia decretar greve “de mil dias” que não adiantaria:
“A gente não quer esse embate político. A gente quer apenas sensibilizar a sociedade de que precisa de uma polícia forte, valorizada. Os policiais, no dia a dia, vão às ruas para proteger a sociedade. E com muita maturidade a polícia está aqui fazendo uma assembleia, mas refletindo também os danos à sociedade no carnaval”, ressalta Eustácio.
Ele afirma que a categoria quer fazer a chamada operação de legalidade, que é quando a polícia trabalha apenas como que rege a legislação: “Os policiais civis só vão cumprir com a ordem do delegado, não sair para pegar delegado em casa, não levar presos para tomar banho de sol, sempre ter o número de servidor maior que o número de conduzido em audiências de custódias, viaturas com pneus carecas, EPIs vencidos ou fora do padrão, entre outros” explicou o sindicalista.

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“Quem vai sofrer é a sociedade, pois a polícia não vai recuar. É hoje o sentimento dos policiais civis. A gente pede apenas ao governador e à sociedade que olhe esse importante serviço que a polícia presta ao cidadão”, complementa.
O presidente do SINDPOC ressalta que os agentes estarão nas ruas e realizarão atendimento nas delegacias em respeito à sociedade, mas não serão realizadas prisões.
“A polícia civil vai apenas estar nos postos, mas não vai fazer coleta de noieiro, usuário de droga, para dizer que é traficante. Estatística para a SSP não vamos fazer. Atendimento ao cidadão, em respeito, vai acontecer normalmente. Essa operação começa a partir de hoje. Policiais civis, delegados, investigadores, escrivães, perítos vão suspender as operações da polícia civil”, conclui Eustácio.

Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Varela Notícias.