O dólar voltava a ganhar força nesta quarta-feira, renovando recordes e superando 4,55 reais, na 11ª sessão consecutiva de ganhos, conforme operadores avaliavam os efeitos no câmbio de um eventual novo corte de juros pelo Banco Central neste mês. (Foto ilustração)
Às 13:19, o dólar avançava 0,81%, a 4,5473 reais na venda. Na máxima, alcançada há pouco, a cotação bateu 4,5510 reais na venda, novo pico histórico nominal durante os negócios.
Mais cedo, a moeda rondava estabilidade, mas mesmo assim o real seguia atrás de seus pares emergentes, que se valorizavam naquele momento. No fim da manhã o dólar reduzia as perdas contra outras divisas de risco, pano de fundo que também influenciava as cotações no Brasil.
Depois do corte surpresa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) na terça, operadores elevaram apostas em nova redução de juros também no Brasil. Os juros futuros tinham fortes quedas nesta sessão, com contratos de DI apontando Selic média no quarto trimestre de 3,70%, bem abaixo da meta Selic atual, de 4,25% ao ano.
Na noite da véspera, o Banco Central divulgou nota na qual disse que monitora atentamente os impactos do coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira e que as próximas duas semanas vão permitir uma avaliação mais precisa desses efeitos sobre a trajetória da inflação. (Web)