A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o Ministério Público investigue casos de invasão de hospitais em meio à pandemia de coronavírus. Em ofício encaminhado aos estados que registraram os ataques, o chefe do Ministério Público Federal (MPF) declarou que caberá ao Ministério Público dos estados conduzir investigações e apurar de onde partiu a ordem para invadir o centros de saúde. De acordo com Aras, a PGR não tomará a frente de nenhuma investigação por não identificar nenhum invasor com foro privilegiado e que nem vai analisar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).
Na última quinta-feira (11), o chefe do Executivo pediu a apoiadores que “arranjem” um jeito de entrar em hospitais públicos ou de campanha que atendam pacientes com coronavírus para filmarem o interior das instalações e mostrar a real situação da Covid-19 no país. O ofício do procurador-geral Augusto Aras já foi enviado para São Paulo e Distrito Federal, que já registraram invasões. Segundo Aras, “condutas dessa natureza colocam em risco a integridade física dos valorosos profissionais que se dedicam, de forma obstinada, a reverter uma crise sanitária sem precedentes na história do país”.
Sem citar o nome do presidente, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse no domingo (14) que invadir hospitais e estimular isso é crime. Afirmou ainda que a PGR e outras unidades do MP devem atuar imediatamente nesses casos. Segundo ele, é vergonhoso que agentes públicos coloquem a saúde da população em risco. ( Metro 1 )