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21 vacinas contra a Covid-19 já estão em testes em humanos

Mais de 100 vacinas contra a Covid-19 estão em estudo e 21 delas já são testadas em seres humanos. Somente duas se encontram na fase mais avançada e ambas serão testadas, entre outros lugares, no Brasil.

Especialistas trabalham em vacinas contra a Covid-19 pelo mundo Foto: EFE/Andrea Fasani

Uma dessas imunizações no estágio mais avançado foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. No começo de junho, foi anunciado que ocorreriam testes no Brasil, através de parceria com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e com o Instituto D’Or (Idor).

Devem participar da fase 3 do estudo cerca de 2 mil profissionais de saúde na linha de frente no combate à Covid-19 (portanto, mais expostos à doença), sendo mil em São Paulo, onde o teste tem auxílio financeiro da Fundação Lemann, e mil no Rio de Janeiro. Com a aprovação da Anvisa, o chamamento de voluntários começou ainda em junho.

O outro teste na fase 3 que ocorre no Brasil é o do laboratório chinês Sinovac, em parceria de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan, que pode vir a produzi-la em larga escala.

Conheça as vacinas que já estão, em diferentes fases, em fase de testes em humanos abaixo.

Autorizada para Uso
A vacina desenvolvida pela empresa CanSino Biologics e pelo Instituto de Biotecnologia de Beijing recebeu, no fim de junho, aprovação para uso limitado em militares chineses, pelo período de um ano.

A imunização da CanSino usa um adenovírus como vetor, em abordagem similar à que empresa havia empregado no desenvolvimento de uma vacina contra o ebola.

Basicamente, o adenovírus geneticamente modificado carrega o material genético que contém o código para produzir a proteína S (de “spike” ou espícula, gancho molecular usado pelo novo coronavírus para se ligar a células humanas).

Com isso, os pesquisadores esperam que se inicie a produção da proteína S, o que deverá desencadear uma reação de defesa do organismo que produza anticorpos.

Os vírus conseguem “entregar” ativamente a informação genética da imunização, o que, em tese, pode ser mais eficaz do que o material genético “solto” (o que ocorre em vacinas de RNA, por exemplo). Por outro lado, há mais riscos de efeitos colaterais.

Vírus inativos
A vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac é feita a partir de vírus inativados. A ideia é modificar o vírus de modo que ele não consiga infectar as pessoas. Diversas vacinas atuais são feitas dessa forma, como a contra sarampo e pólio.

Esse tipo de vacina, porém, necessita de grandes testes de segurança. No Brasil, segundo a Sinovac, a fase 3 do estudo (que investiga a eficácia da proteção em larga escala) pretende recrutar 9 mil profissionais de saúde em locais de atendimento de Covid-19, em 12 regiões, já neste mês.

Entre as fases 1 (para testar segurança) e 2 (para testar eficácia) de testes, os pesquisadores aplicaram a vacina em 743 pessoas com idades de 18 a 59 anos. Segundo a empresa, após 14 dias, foi observada presença de anticorpos em 90% das pessoas, após duas aplicações da imunização.

A empresa afirma que outros braços de fase 2 de testes visam idosos e crianças e adolescentes, e que deve concluir essa fase ate o fim deste ano.

Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Folhapress.

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