O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, publicou segunda-feira (17) uma mensagem classificando a interrupção da gravidez da menina de 10 anos, que foi estuprada no Espirito Santo, como “crime hediondo”. Na mensagem, ele considera o feto como uma criança de cinco meses que teria sido “morta”.
Foto : Divulgação / Santuário Nacional
Para Dom Walmor, foram dois crimes hediondos, a violência sexual e o aborto, mas ele considera que a retirada do feto “não se justifica diante dos recursos existentes para garantir a vida de ambas, vítima e filho”. No texto, o presidente ainda afirmou que orou, pedindo consolação para todos envolvidos no caso.
Leia a mensagem completa:
“Em oração, peço a Deus consolação para todos os envolvidos nessa desafiadora e complexa situação existencial, que feriu de morte a infância, consternando todo o país. O precioso dom da vida precisa ser, incondicionalmente, respeitado e defendido. Ante a complexidade do ocorrido, devemos ser humildes, reconhecendo as limitações humanas, e sempre compassivos- sejamos sinais do amor de Deus.
Lamentável presenciar aqueles que representam a Lei e o Estado com a missão de defender a vida, decidirem pela morte de uma criança de apenas cinco meses, cuja mãe é uma menina de dez anos. Dois crimes hediondos. A violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se justifica, diante de todos os recursos existentes e colocados à disposição para garantir a vida das duas crianças. As omissões, o silêncio e as vozes que se levantam a favor de tamanha violência exigem uma profunda reflexão sobre a concepção de ser humano.”
Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Metro 1.