O governador Rui Costa (PT) lamentou a falta de crédito e visibilidade para as gestões de governadores nordestinos no restante do país. Em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole hoje (22), durante o Jornal da Bahia no Ar, ele comentou que, como no futebol, nem sempre é fácil superar forças de outras regiões do Brasil.
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“Muitas vezes, não é fácil. Assim como no futebol, as torcidas de Bahia e Vitória sabem o quanto é difícil. Eu duvido muito que esse último jogo que vi o pênalti que o jogador do Bahia sofreu, se fosse contra o Flamengo, Corinthians ou Palmeiras, duvido que o juiz não marcasse. Ou seja, o árbitro de vídeo chamou o juiz para ver o pênalti. Nitidamente ele dá um pontapé no calcanhar do jogador do Bahia e o jogador cai. O juiz de vídeo chama o árbitro para ver o vídeo, ele volta e não marca o pênalti”, citou Rui.
Rui falou da experiência de Flávio Dino como governador do Maranhão, elogiado por conta da gestão. “Na política, acontece mais ou menos a mesma coisa. Não é fácil as boas práticas do Nordeste ganharem visibilidade nacional. Mas nós temos, eu poderia citar aqui Flávio Dino, do Maranhão. Nós temos buscado sim apresentar no Brasil as boas práticas e experiências. Agora, nem sempre as nossas opiniões coincidem com as da turma do Sudeste ou São Paulo. Aí que o bicho pega”, ironizou o governador.
Ainda segundo Rui, parte da avaliação positiva vem da união entre Governo da Bahia e Prefeitura de Salvador para minimizar os impactos do coronavírus. O trabalho conjunto entre Rui e o prefeito ACM Neto foi bem avaliado por lideranças políticas de todo o país.
“Na hora de salvar vidas humanas e prestar solidariedade, a gente não pode ficar fazendo politicagem. Não faz pare de minha formação e minha índole. Eu diria que quem começou esse novo modelo na Bahia nem fui eu. Para ser justo, foi o ex-governador Jaques Wagner. Ele repetia isso várias vezes. Quando eu vou numa cidade, ele dizia assim: ‘o prefeito pode ser filiado a qualquer partido. Vai no meu palanque inaugurar obra, mesmo que não tenha participação nenhuma na obra’. Esse é um jeito de governar diferente, diferente do que acontecia na Bahia, onde governador perseguia sempre prefeitos e prefeita. Lídice sempre lembra disso o quanto que ela foi maltratada. Mas graças a Deus nós estamos vivendo outro tempo na Bahia e eu espero que a gente possa viver esse novo momento no Brasil também”, disse Rui.
Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1