O médico e militante histórico Carlos Antônio Melgaço Valadares deixou um honroso legado no poder público e na política baiana com seu perfil humanista, com dedicação à luta contra as injustiças. Ele faleceu aos 75 anos em Belo Horizonte, no último dia 20 de outubro, após complicações após passar por uma cirurgia cardíaca.
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“Carlos foi dirigente do PCdoB e lutou contra ditadura. Convivi muito com ele e queria deixar meus sentimentos aos familiares. Lamento muito sua morte e celebro seu legado e atuação firmes para os trabalhadores da Bahia”, disse o âncora da Metrópole, Mário Kertész, que teve Carlos como secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil de Salvador, em 1986.
Natural do município mineiro de Sete Lagoas, Carlos Valadares passou boa parte da vida em Salvador, depois que conheceu a primeira esposa, a professora feminista Loreta Valadares. Por conta das mobilizações contra a Ditadura Militar (1964-1985), o casal foi preso, torturado e exilado na Argentina e na Suécia. Foi no país europeu que Valadares concluiu o curso de medicina. Após retornar ao Brasil, ele passou a atuar junto a diversos sindicatos baianos e no Polo Industrial de Camaçari na defesa da saúde da classe trabalhadora do estado.
Foi um dos responsáveis pela implantação do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador, o CESAT, criado em 1988, com sede em Salvador. Carlos Valadares também foi responsável por cuidar da saúde dos bancários da Bahia com trabalho de excelência. Ele foi considerado por todos como uma verdadeira referência nos cuidados com a saúde do trabalhador.
Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1