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‘O vírus não desaparecerá, nós precisamos viver com ele’, diz pneumologista

O médico intensivista e pneumologista Octavio Messeder, responsável por coordenar o Serviço de Pneumologia e da UTI Geral do Hospital Português, avaliou como a população está lidando com a pandemia após mais de sete meses de medidas restritivas. Em entrevista a Mário Kertész hoje (10), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele afirmou que a unidade de saúde garantiu um atendimento efetivo para os pacientes.

Foto : Metropress

“O Hospital Português se preparou para uma pandemia de uma forma ética, madura e eficaz. Nós chegamos a um ponto em que as unidades críticas, na sua quase maioria, exceto uma unidade específica dedicada à gastrologia, foram dedicadas ao Covid. Com o controle maior da transmissão feita pelas medidas de distanciamento, máscaras e etc, houve uma redução. Estamos manejando de uma forma muito eficaz”, disse o profissional de saúde.

No entanto, Messeder reforça que, embora os números apresentem um panorama melhor em relação ao início da pandemia, não há indicativo de uma “normalidade”. “Não estamos de volta no momento em que estivemos antes. A UTI-geral é a UTI que funciona com pacientes normais, sem ser Covid. Temos uma unidade de UTI de Covid que tem mantido sua ocupação bem manejada. Se mantivéssemos esse cenário, que depende muito do que vem de fora e do interior, estaríamos vivendo com o vírus”, disse o médico

Para Octávio Messeder, as medidas restritivas poderiam deixar de ser adotadas se a população respeitasse as regras sanitárias contra a propagação do vírus. “Acho que lockdown não seria nem necessário se você sabe conviver com o vírus. O problema é que as pessoas não admitem isso. Elas querem, de repente, pensar que o vírus desapareceu. Eu disse há meses atrás que o vírus não desaparecerá e que nós precisamos viver com ele. Viver com ele é isso, usar máscara. O presidente Biden ontem falou especificamente da máscara. A doença respiratória, com uma boa máscara, distanciamento social e lavagem das mãos é a única proteção que a gente tem hoje. Não significa que você não vá fazer nada. A gente tem que fazer tudo o que a gente fazia antes, exceto situações que a gente não possa usar esse tipo de proteção”, declarou.

“Um exemplo é que eu não vejo a gente indo para um casamento grande ou irmos para um show. Qualquer lugar de multidão e aglomeração é o ponto principal de transmissão do vírus. Temos que viver diferente, mas viver”, acrescentou.

Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1

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