O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Ricardo Mandarino, reforçou o papel das forças policiais para garantir a segurança da população. Em entrevista a Mário Kertész hoje (18), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele declarou que se sentiu surpreso desde que assumiu o posto da secretaria. “Eu já imaginava que a polícia baiana era muito eficiente. Num circuito do carnaval, não morre ninguém. Como se consegue um negócio desse sem muito planejamento, capacidade de trabalho e inteligência? É impossível. Já tinha essa certeza, mas não sabia como fundamentar isso”, afirmou o gestor.
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Ainda de acordo com o secretário, é função das forças de segurança garantir a aplicação da lei e da ordem na sociedade, mas os abusos não podem ser tolerados. “As pessoas têm essa percepção da polícia e não ficar pensando que a polícia é aquela coisa truculenta, violenta. Não é nada disso. A polícia usa força e tem que usar a força quando precisa usar a força. Agora, ela sabe a hora de parar de usar a força. Dominou a pessoa que está resistindo, para e não tem que fazer nada, porque aí é tortura e isso a gente não pode admitir. A força tem que ser moderada e proporcional à necessidade da operação e a polícia tem feito isso”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, um dos vetores para aumentar o clima de insegurança é a desigualdade social. Mandarino criticou a política econômica do país, classificando-a como “suicida”. “Nós temos uma desigualdade social. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e nessa crise econômica que estamos vivendo há algum tempo, agravada pela pandemia e pelas loucuras que vêm sendo feitas nesse negacionismo da ciência por parte do governo federal, a gente está aumentando o fosso. Temos uma política econômica que eu acho suicida. É uma política econômica que vai levar o Brasil para o buraco e a gente não vai ter como sair disso. Vai aumentar mais ainda a desigualdade social e as pessoas querem você resolva uma questão de desigualdade social e distribuição de renda através da polícia?”, indagou.
Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1