O secretário de representação do estado de São Paulo em Brasília, Antônio Imbassahy, detalhou a estratégia do governo paulista para combater a pandemia de coronavírus no estado. Em entrevista a José Eduardo hoje (5), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele comentou que o estado também está alinhado com outros governadores brasileiros para garantir uma cobertura completa de imunizantes para o país. “Estamos vivendo uma verdadeira guerra. As ruas às vezes, não traduzem essa guerra. Ela é traduzida dentro do ambiente do hospital. Realmente é uma coisa dramática”, afirmou.
Imbassahy avaliou o atual panorama de São Paulo. O estado é o recordista de casos e mortes no país por coronavírus. São 2.080.852 ocorrências da Covid-19 e 60.694 óbitos. “Meu coração fica partido. Em São Paulo não é diferente. É o estado com mais força na economia brasileira. Para se ter uma ideia, o estado e o governo do estado tem 110 hospitais estaduais, além de hospitais dos municípios, santas casas e uma grande rede particular de clínicas e hospitais. A situação aqui também é gravíssima. Estamos em média internando 125 pessoas por dia. Não tem como atender a tanta gente na maneira que a medicina e a ciência determina. Aqui a gente se aproxima para uma situação que nós não queremos assistir”, disse o secretário.
No entanto, ele demonstra otimismo com a estratégia do Instituto Butantan para garantir a vacinação de todo o país. O órgão, ligado ao governo paulista, se associou à fabricante chinesa de medicamentos Sinovac para desenvolver uma vacina contra a Covid-19. Ao todo, o total de vacinas entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) chega a 14,45 milhões de doses. Segundo Imbassahy, o estado está investindo agora para garantir independência de insumos para as vacinas e deixar de depender da China.
“O Butantan está concluindo uma fábrica que vai produzir vacinas contra a Covid-19 inteiramente com autonomia, sem necessidade de insumos da China. Estamos trabalhando para não depender de insumos de outros países. Teremos isso ainda esse ano. É um trabalho muito grande de corpo técnico e ciência. Essa doença, tudo leva a crer, que veio para ficar. É tipo a H1N1. É como se fosse todo ano dar a vacina da gripe. O brasileiro vai ter que tomar essa vacina contra o coronavírus todo ano”, declarou o ex-prefeito da capital baiana.
Ainda segundo ele, também está em desenvolvimento um soro para diminuir as complicações por Covid-19 de pacientes em estados mais graves nos hospitais. De acordo com o gestor, o medicamento ainda está em fase de testes. “O Butantan está desenvolvendo um soro, uma espécie de vacina instantânea. Vai permitir salvar vidas. É um soro que, aplicado no paciente que apresenta sinais de piora, injeta no organismo uma quantidade de anticorpos. É uma coisa que vai salvar vidas de pessoas agonizando nos hospitais. Claro que não está disponível ainda. Estamos na fase de estudos finais. Os primeiros resultados foram extremamente favoráveis. Estamos agora fazendo entendimento com a Anvisa para que esse soro seja, o quanto antes, disponibilizado para as pessoas vítimas da Covid em estado de muita dificuldade”, disse.
Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Metro 1