Ícone do site

Livro lançado por jovem negro baiano de Alagoinhas, vai custear despesas de doutorado em Portugal

O Doutorado é sobre gestão de patrimônio imaterial voltada para Terreiros de Candomblé

A poesia que nasceu na “Selva de Pedra” – a maior cidade do país, São Paulo – agora ganha o mundo com o lançamento do livro “Redemoinho”, escrito por Adrião Filho. Formado em Direito, mas “poeta desde que se entende por gente”, o escritor lança seu primeiro livro, definido pelo próprio autor como “um romance em prosa arteiramente poética”.

Foto: Reprodução

A obra narra um fragmento da história de Redemoinho – uma encarnação intrepidamente poética sobrevivendo, desde de pequenino, pelas ruas da Selva de Concreto que responde por São Paulo. “Buscando quebrar com métricas clássicas, Redemoinho se inspira fundamentalmente na intrepidez de Lima Barreto, Clarice Lispector e Guimarães Rosa para fazer um bom vatapá literário”, comenta.

Nascido em Alagoinhas, interior da Bahia, Adrião Filho fez  Mestrado em Ciências Sociais, em Paris, na França. Retornou ao Brasil, em 2019, indo morar em São Paulo, onde é ambientado o seu livro, decidido a se dedicar à poesia. Criou no Instagram o projeto ‘Arrepio Poético’, onde compartilha sua escrita e também possui vídeos recitando seus textos.  Foi nesse período que iniciou a concepção de “Redemoinho”.

Adrião Filho FOTO: ASCOM

As vendas do livro “Redemoinho” serão revertidas para custear as despesas do Doutorado em Gestão de Patrimônio Imaterial: Terreiros de Candomblé – Potências Socioeconômicas na NOVA FCSH – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, que inicia em agosto deste ano. “Partindo do universo que se delimita e se expande dentro dos Terreiros de Candomblé, temos a pretensão de trabalhar com uma tese que gire em torno ‘Dos ganhos socioeconômicos que se advêm da implementação de políticas públicas de proteção ao patrimônio imaterial (fazendo uma imersão no universo da pretitude baiana), articuladas às proposições das convenções internacionais’. Enfim, a correta gestão do patrimônio imaterial tem o poder de preservar, valorizar e ampliar os bens que o compõem”, explica.

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Midia4p/Carta Capital

Sair da versão mobile