Funcionários terão compensação financeira adicional às verbas rescisórias
Após a celebração do acordo com a montadora americana Ford, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, afirmou ao Metro1, nesta quinta-feira (13), que a categoria está satisfeita. Em janeiro passado, a montadora decidiu encerrar a produção no Brasil, o que provocou o fechamento da fábrica da cidade da Região Metropolitana de Salvador. Após dezenas de rodadas de negociação, os 4 mil funcionários terão uma compensação financeira adicional às verbas rescisórias.
Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari
“Foram 33 rodadas de negociação em quase três meses, desde que a Ford anunciou que iria demitir todo mundo. Envolvemos o Ministério Público e outros sindicatos. Tivemos discussões, aí automaticamente teve a comunicação, no dia 11 de janeiro, do encerramento da planta. A partir daquele momento começou toda uma via-crúcis de negociações. Ontem conseguimos encaminhar para a aprovação da assembleia e os presentes aprovaram por unanimidade”, explicou.
Segundo Bonfim, alguns pontos do acordo são semelhantes aos firmados pela montadora com os funcionários da planta de Taubaté (SP), mas o sindicato de Camaçari conseguiu outras vantagens. “Os trabalhadores com indenização inicial entre R$ 110 mil e R$ 130 mil podem inserir R$ 20 mil, fora a rescisão. O valor mínimo da indenização é de R$ 130 mil”, afirmou, acrescentando que a Ford assumirá todas as dívidas do plano de saúde de funcionários diretos que estejam acima do valor do salário nominal. Também fazem parte do acordo a concessão de seis meses de plano médico por meio do Sindicato e uma remuneração adicional para empregados operacionais com restrição médica ocupacional.
Com a aprovação do acordo, a Ford deverá abrir um prazo para que os trabalhadores se cadastrem no Plano de Demissão Incentivado.
Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Metro 1