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PSOL e Republicanos têm onda de novos filiados após avanço em eleições municipais

As movimentações de filiações partidárias após as eleições municipais de 2020 apontam que PSOL e Republicanos são os partidos que mais aumentaram o saldo de filiados no período entre dezembro do ano passado e abril deste ano.

Levantamento da Folha com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que o PSOL teve um saldo de 21,3 mil novos filiados no período. O Republicanos ganhou 6.200 novos filiados.

O cenário difere daquele do mesmo período após as eleições de 2018, quando apenas partidos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (à época no PSL) registraram um salto de novas filiações.

No caso do PSOL, a onda foi reflexo do bom desempenho do partido nos grandes centros urbanos. Metade das novas filiações está concentrada nos estados do Pará e de São Paulo, onde o partido teve bom desempenho na disputa a prefeito da capital.

Em Belém, o PSOL saiu vitorioso com a eleição de Edmilson Rodrigues –única prefeitura de capital conquistada pela sigla em 2020.

Em São Paulo, o partido teve desempenho surpreendente ao chegar ao segundo turno com Guilherme Boulos. O professor e ativista do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) teve 40% dos votos válidos, perdendo para o então prefeito Bruno Covas (PSDB).

“Esse crescimento se deve ao papel do PSOL no enfrentamento ao bolsonarismo, à postura correta e ativa para a unidade das esquerdas e à capacidade de ter apresentado propostas concretas para tirar o Brasil da crise” afirma Juliano Medeiros, presidente nacional da legenda.

Segundo partido com maior saldo de novos filiados, o Republicanos é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, mas tem buscado ampliar seu horizonte de atuação, com a filiação de líderes políticos de fora do universo religioso.

A legenda também tem buscado se posicionar abertamente como um partido de direita e tornou-se um dos mais fiéis aliados de Bolsonaro no Congresso.

Com essa aproximação, dois dos filhos do presidente filiaram-se ao partido depois de 2018: o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (RJ) —este, porém, deixou o partido em maio e anunciou filiação ao Patriota, que também está na mira do presidente para disputar a eleição de 2022.

O Republicanos cresceu majoritariamente no estado de São Paulo, mas também avançou na Bahia, onde ganhou força com a ascensão do deputado federal João Roma, que em fevereiro deste ano assumiu o Ministério da Cidadania do governo Bolsonaro.

Roma rompeu com seu padrinho político, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), e tem buscado construir um grupo político próprio na Bahia.

O partido tem conseguido avançar com maior força em cidades do interior, onde teve crescimento no número de prefeitos e vereadores no pleito de 2020.

Além de PSOL e Republicanos, legendas como Avante, PT e Novo aparecem na sequência com maior saldo de novos filiados. (João Pedro Pitombo e Guilherme Garcia/Folhapress – Foto Reprodução)

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política

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