Pouco depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) protocolar o pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB-MG-Foto), sinalizou que a iniciativa não deve vingar. Como presidente do Senado, o parlamentar tem o poder de determinar se seus colegas votarão o pedido.
“Não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment do ministro do Supremo, como também não antevejo em relação a impeachment de presidente da República. O impeachment é um instrumento grave, excepcional, de exceção e não pode ser banalizado”, afirmou Pacheco, em entrevista à imprensa na sexta-feira (20).
O senador, porém, afirmou que dará tratamento normal ao pedido e que o encaminhará à Advocacia do Senado para uma avaliação técnica.
Ele também comentou que a democracia pressupõe “diálogo” e “contenção do ímpeto”. “Gostaria muito que toda essa energia que tá sendo gasta no Brasil de criar polêmica, divisões, fosse concentrada para resolver problema de fome, miséria, do desemprego, da inflação que está batendo à nossa porta, do desmatamento da Amazônia e das nossas florestas.”
Ainda manifestou seu desejo de retomar o diálogo entre os Poderes, na esteira da crise institucional. Para Pacheco, o episódio da apresentação do pedido de impeachment haverá de ser “superado”. (Gabriel Croquer)
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política