O ex-secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Og Fernandes, a voltar ao cargo de delegado da Polícia Federal. Ele e a delegada Gabriela Macedo, que era chefe de gabinete da pasta, foram afastados pela investigação no âmbito da Operação Faroeste, que desmontou um esquema de venda de sentenças no judiciário baiano.
(A Tarde – Foto Mauricio Maraux – SSPBA)
À época que o caso veio à tona, Barbosa foi exonerado do cargo de confiança na SSP, substituído pelo ex-juiz Ricardo Mandarino.
Um dos advogados de defesa do delegado, Sérgio Habib, explica que já tinha entrado com pedido para a revogação do pedido de afastamento, acolhido agora por Og.
“Foi uma decisão que revogou a medida cautelar por entender que não faz mais sentido ele ficar afastado”, disse Habib, que atua em defesa de Barbosa junto ao seu filho Thales Habib, ao grupo A TARDE.
O advogado conta que vai aguardar as próximas movimentações e que pretende ainda provar na Justiça que o ex-secretário não tinha participação no esquema criminoso que facilitou a grilagem no oeste baiano.
“O nosso próximo passo é demonstrar a improcedência da acusação, mostrar que ele nunca fez parte de nenhuma organização criminosa ou coisa alguma. Ele sempre defendeu os interesses da sociedade e vamos provar que ele não tem nada a ver com a Faroeste, porque na verdade só estava cumprindo o dever como secretário, de apurar os fatos que envolviam crimes”, justificou.
Na denúncia que resultou no afastamento do delegado Maurício Barbosa do cargo, o MPF alegou que ele atuou para garantir a impunidade dos criminosos alvos da Faroeste, como quando em 2019 deflagrou a Operação Fake News, que segundo o órgão tinha a intenção única de “neutralizar os opositores do esquema criminoso liderado por Adailton Maturino dos Santos”, disse o ministro Og Fernandes à época.
Da Redação/Luciano Reis Notícias, com Bahia na Politica