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Especialista em contas públicas defende emissão de moeda para pagar Auxílio

O economista Raul Veloso (foto ilustração), um dos mais respeitados do País, defendeu nesta sexta-feira (22) emissão de moeda para fazer face ao pagamento do programa Auxílio Brasil.

Para Veloso, especialista em contas públicas, os críticos do programa, alegando “não furar o teto de gastos”, na verdade estão preocupados com os ganhos eleitorais que a medida pode proporcionar a Bolsonaro.

Ele explicou que há formas de operacionalizar essa emissão de moeda em articulação do Banco Central com o mercado, e afirma que o lastro para emissão de moedas “é a perenidade do setor público”. Lembrou que o setor público nunca acaba.

O economista, cujas análises são muito respeitadas no mercado e na academia, disse que a emissão de moedas não impactaria na inflação, como muitos afirmam. Ele considera mais grave a variação do dólar no processo inflacionário, em razão da fuga de capitais no mercado financeiro.

Siga o Biden

Veloso também defendeu que o Brasil deveria seguir o exemplo do governo Joe Biden, nos Estados Unidos, que investe trilhões de dólares para proteger pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Basta demonstrar que está desempregado para receber o auxílio de mil dólares (R$5,7 mil)” do governo norte-americano”, disse ele, para perguntar depois: “De onde você acha que sai esse dinheiro?” Ele esclarece: “Da emissão de moeda”.

Bolsa de R$400 é pouco

Veloso também acha pouco os R$400 definidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Para ele, o governo deveria pagar R$1 mil mensais aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social.

O economista criticou os discursos dos que se opõem à concessão do benefício, afirmando que estão desconectados do drama que acomete milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza.

Veloso observa que os críticos do programa na verdade estão preocupados que Bolsonaro se beneficie eleitoralmente com a medida de assistência aos pobres.

“Precisamos fazer o jogo da verdade”, desabafou Raul Veloso em entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes. “Que não se queira a reeleição de Bolsonaro é compreensível”, ponderou, mas alegar “teto de gastos” maior besteira da História”. (Thays Freitas, Pedro Campos e Cláudio Humberto)

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política