Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) denunciaram o presidente do órgão, Danilo Dupas, por assédio moral e argumentaram que sua permanência no cargo fragiliza o Inep. Em uma assembleia diante do órgão, nesta quinta-feira, os funcionários relataram que o “medo é a tônica”. O grupo afirma ainda que há indícios de que processos sejam deletados do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), onde são registrados todos os andamentos administrativos feitos pelos órgãos públicos.
De acordo com os servidores, a conduta de Dupas coloca em risco as atividades desempenhadas pelo Inep como a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outras avaliações feitas pelo órgão.
Segundo as denúncias, Dupas teria tentado não compor a Equipe de Incidentes e Respostas (Etir) do Enem 2021, responsável pela gestão de crise do exame, que historicamente têm como líder o chefe da autarquia, mas voltou atrás após o caso vir a público. As denúncias foram oficializadas nas instâncias internas do órgão e serão encaminhadas à Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação (Comex/MEC) na Câmara dos Deputados.
Dupas é o quarto presidente do Inep na gestão do presidente Jair Bolsonaro . Essa é a maior crise enfrentada pelo órgão desde o início do mandato de Bolsonaro.
A Equipe de Incidentes e Resposta da qual Dupas resistiu inicialmente em participar, como diz o nome, é responsável por resolver problemas que venham a ocorrer no curso dos exames. Por exemplo, caso haja o vazamento do tema de Redação da prova, a Equipe é a responsável por definir o que deve ser feito e resolver o incidente. Em um pronunciamento conjunto durante a assembleia, os servidores relataram que o presidente da autarquia enviou à procuradoria jurídica do órgão questionamento sobre a necessidade de compor o grupo. Ele teria alegado que a função não faz parte da competência dos presidentes do órgão. (IG – Foto Abmes – Reprodução)
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política