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Duas doses da Pfizer em crianças de 2 a 5 anos não produzem imunidade esperada

A Pfizer disse na sexta-feira (17) que testes com sua vacina em crianças de dois a cinco anos mostram que ela não fornece a imunidade esperada nessa faixa etária, e que está adicionando uma terceira dose aos experimentos. (Foto ilustração)

A empresa decidiu testar uma terceira aplicação para todas as crianças e bebês com idades entre seis meses e cinco anos após seus consultores externos independentes analisarem os dados disponíveis até agora.

A análise mostrou que duas doses da vacina da Pfizer específicas para crianças não estavam produzindo a imunidade esperada nos menores entre dois e cinco anos de idade, embora o fizesse em bebês de até dois anos.

“O estudo agora incluirá a avaliação de uma terceira dose de 3 microgramas, pelo menos dois meses após a segunda dose, para fornecer altos níveis de proteção neste grupo”, disse o documento.

A Pfizer diminuiu o tamanho da dosagem para crianças. Para a faixa etária acima de 12 anos, a dose é de 30 microgramas de vacina. A Pfizer e a BioNTech reduziram para 10 microgramas para crianças entre 5 e 11 anos, e diminuíram ainda mais para as crianças mais novas, para três microgramas por dose.

Os primeiros testes indicaram que a dose produziria uma forte resposta imunológica nas crianças e minimizaria o risco de efeitos colaterais. Porém, os dados provisórios – que o Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança independente pode ver sem fornecer detalhes à empresa ou aos investigadores – indicam que esse regime não produziu a resposta imunológica esperada nas crianças de dois a cinco anos de idade.

“Nenhuma preocupação de segurança foi identificada, e a dose de três microgramas demonstrou um perfil de segurança favorável em crianças de seis meses a cinco anos de idade”, disse a Pfizer em um comunicado.

“A decisão de avaliar uma terceira dose de três microgramas para crianças nessa faixa etária reflete o compromisso das empresas em selecionar cuidadosamente a dose certa para maximizar o perfil de risco-benefício”, acrescentou.

“Se o estudo de três doses for bem-sucedido, a Pfizer e a BioNTech esperam enviar dados aos reguladores para uma Autorização de Uso de Emergência para crianças de seis meses a cinco anos de idade no primeiro semestre de 2022”, concluiu o comunicado.

A empresa também testará terceiras doses em crianças mais velhas, que ainda não têm autorização para doses de reforço da vacina. Crianças com idades entre 5 e 11 anos e 12 e 15 anos receberão as terceiras injeções de dose completa nos testes.

As mudanças provavelmente significam um atraso na autorização de vacinas para crianças mais novas, disse o Dr. Anthony Fauci.

“Acho que, por necessidade, isso vai aumentar o prazo para conseguir uma autorização de uso de emergência para crianças tão jovens. Provavelmente não acontecerá até o segundo trimestre de 2022, e esperávamos que acontecesse no primeiro trimestre”, disse Fauci, que é Diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, a Erica Hill, da CNN.

“Mas, pelo menos pelo que a Pfizer está dizendo, quando eles obtiverem todos os dados necessários e passarem por todo o procedimento para obter uma autorização de uso de emergência infelizmente não será até o segundo trimestre”, acrescentou.

“Queremos realmente obter a dose certa e o regime certo para as crianças. Portanto, embora você não goste que haja um atraso, você quer acertar, e é disso que eles estão falando”, concluiu Fauci. (Maggie FoxVirginia Langmaid)

 

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política

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