A partir de sexta-feira (26), com o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, as chapas encabeçadas por mulheres em disputa pela presidência da República terão espaço similar aos principais concorrentes, apesar do inexpressivo desempenho nas pesquisas até o momento. Tanto Simone Tebet, do MDB, que tem como vice a tucana Mara Gabrilli, quanto Soraia Thronicke, candidata pelo União Brasil, vão dispor de mais de dois minutos no horário eleitoral – tempo um pouco menor, por exemplo, que o de Jair Bolsonaro, do PL. (Foto ilustração: Simone Tebet)
O presidente contará com 2’38”, enquanto Tebet terá 2’20”, e Thronicke, 2’10”, de acordo com os cálculos do TSE. O tempo na propaganda eleitoral gratuita é considerado um trunfo pelas coligações, uma vez que permite aos candidatos a exposição de ideias e a presença constante entre os eleitores nas semanas que antecedem a ida às urnas.
O espaço é calculado de acordo com o peso do partido ou coligação, e proporcional ao número de eleitos pelas legendas. Tebet e Thronicke tiveram candidaturas encampadas por grandes partidos, com ampla representação. Ciro Gomes, do PDT, por exemplo, um tradicional competidor neste tipo de pleito, e político muito mais conhecido dos eleitores, terá menos da metade do tempo de TV das adversárias: 52 segundos.
A situação oferece às mulheres concorrentes ao principal cargo do Executivo Federal rara oportunidade de exposição, ocasiona a chance de se tornarem conhecidas e também de reforçar a participação das mulheres na política – objetivo declarado de ambas as chapas. A dupla Tebet e Gabrilli contará ainda com 184 inserções curtas na programação da TV e do rádio ao longo do período, e Thronicke, 170.
A senadora Simone Tebet aparece nas pesquisas com 2% das intenções de voto. Soraia Thronicke, que tem como vice o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, assumiu a candidatura há menos tempo, em substituição ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, ainda é desconhecida da maior parte do eleitorado e sequer pontua em algumas sondagens. (Christina Lemos)
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.