Apesar da participação recorde das mulheres nas eleições de 2022, com 9.766 candidatas, elas representam apenas um terço do total de pedidos de registros feitos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano. (Foto ilustração)
O número não reflete a participação feminina na sociedade: 51,1% da população brasileira em 2021 era do sexo feminino, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em julho deste ano.
Dados parciais do DivulgaCand mostram que, de todas as 28.717 solicitações de registro de candidaturas de 2022, 9.731 são mulheres (33,8%).
Com base nas informações da Justiça Eleitoral, a CNN mapeou o perfil médio das mulheres nas quais os eleitores brasileiros poderão votar em 2 de outubro, data do primeiro turno.
Idade, profissão e escolarização
Uma em cada três candidatas tem entre 40 e 49 anos. Ao todo, são 3.188 mulheres que vão concorrer nas eleições de outubro nesta faixa etária.
O segundo maior grupo é formado por mulheres de 50 a 59 anos, que representam 28% do total (ou 2.752). No geral, 74% das candidatas mulheres estão acima dos 40 anos. O TSE recebeu apenas quatro pedidos de registro de candidatas abaixo dos 21 anos.
Quanto à ocupação mais comum, 912 (ou 9,3%) apresentaram registros como empresárias, e 656 (6,7%) como advogadas. São as duas profissões mais declaradas.
A função de administradora aparece na sequência com 347 (3,5%) pedidos de registros, enquanto “dona de casa” vem em quarto lugar, com 326 (3,3%).
Em relação ao grau de instrução, a maioria (56%) têm ensino superior completo. Em seguida, aparecem ensino médio completo (26%) e ensino superior incompleto (9,7%). Menos de 10% declararam ter ensino fundamental completo e incompleto, ensino médio incompleto e “apenas leem e escrevem”.
A maior parcela das candidatas também informou à Justiça Eleitoral ser branca: 4.463 (45,7%). Mulheres indígenas e amarelas representam a menor proporção entre as candidatas, com 84 e 46 requerimentos, respectivamente.
No que se refere ao estado civil, 39,4% são solteiras, e 39,2%, casadas. Divorciadas representam 16,4%, e viúvas, 3,9% (Gabriela Ghiraldelli)
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.