O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello divulgou nesta terça-feira (27) uma nota na qual declarou voto no ex-presidente Lula, candidato do PT à Presidência da República nas eleições deste ano.
Ex-presidente do STF, Celso de Mello escreveu que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, é um “político menor, sem estatura presidencial” e que integra corrente política que nega “reverência” à democracia.
“A atuação de Bolsonaro na Presidência da República revelou a uma Nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República”, escreveu Celso de Mello em um trecho da nota.
“Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: não votarei em Jair Bolsonaro!!! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno”, acrescentou o ex-presidente do STF, em outro trecho.
Lula aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Levantamento do instituto Ipec divulgado nesta segunda (26), por exemplo, mostrou Lula com 48% das intenções de voto (52% dos votos válidos), enquanto Bolsonaro apareceu com 31%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 5%.
Joaquim Barbosa
Além de Celso de Mello, outro ex-presidente do STF já declarou voto em Lula: o ministro aposentado Joaquim Barbosa, que relatou o processo do mensalão.
Ao declarar voto no petista, Joaquim Barbosa disse que Bolsonaro “não é um homem sério” e “não serve para governar um país como o nosso”. (G1 – Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
Da Redação – Luciano Reis Notícias, com Bahia na Política.