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“A política não comporta mais os coronéis e quem diz que elege até um poste”, disse prefeito de Alagoinhas Joaquim Neto

Prefeito citou caso do poste e do candidato que indicou uma desconhecida da cidade

 

A posse do secretário João Rabelo na noite de segunda-feira (16.1), foi recheada de discursos eloquentes, fortes e já anunciando como será a disputa eleitoral em 2024. No ano passado, o PT-Partido dos Trabalhadores formou uma frente ampla e vários diretórios de outras legendas foram signatários do projeto que ajudou na eleição de Jerônimo Rodrigues.

Se esses mesmos partidos vão marchar juntos em 2024 é uma grande incógnita. O PT sempre quis voltar ao poder em Alagoinhas, mas não foi muito feliz nas urnas nas últimas eleições. Novos partidos surgiram, novas lideranças despontaram e o partido foi ficando com uma fatia muito modesta, a ponto de eleger apenas um representante na Câmara Municipal.

Durante seu discurso, o prefeito Joaquim Neto, que no início de sua carreira trilhou com o pessoal da direita –leia-se Otto Alencar_, hoje senador da República, disse que a nova política não aceita mais os coronéis e os prefeitos que indicam até um poste para a sucessão.

“Vivemos novos tempos, novos olhares, uma nova era na política”, disse o prefeito Joaquim Neto. Quanto ao poste, mesmo sem citar nomes, referiu-se ao então prefeito Joseildo Ramos, que no auge de sua popularidade como prefeito, disse que elegeria até um poste como sucessor. O poste ficou pra Elionaldo de Faro, vereador que assumiu a presidência da Câmara e, depois dessa derrota, nunca mais voltou à cena política.

Prefeito Joaquim Neto discursa durante posse de João Rabelo. Foto: Vanderley Soares

Joaquim também falou, mas sem citar nomes, que a política é dinâmica e que um prefeito, mesmo muito popular, não pode empurrar goela a baixo do eleitor um candidato ou candidata sem o respaldo popular. Para quem entende e conhece a história político-eleitoral de Alagoinhas, deduz que ele se referia ao então prefeito Paulo Cezar, que, mesmo gozando de boa popularidade, preferiu indicar uma pessoa de fora, sem laços com a cidade, mas conveniente para as suas pretensões futuras, a ALBA. Sua pupila não se elegeu.

Joaquim Neto terá um grande desafio: escolher, entre os seus ou compostos entre os partidos aliados, dois nomes que representem o anseio da comunidade, que coloque a cidade num patamar de desenvolvimento sócio-econômico e com pujança na geração de emprego e renda. Nona economia do estado, Alagoinhas ainda possui bolsões de miséria, pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Ele mesmo citou isso, ao referir-se às demandas que lhe são apresentadas pelo chefe de gabinete e que será colhida agora pelo secretário João Rabelo, um retrato que é o espelho de grande parte da Bahia. Municípios ricos, população pobre.

 

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Da Redação- Luciano Reis Notícias, com Gazeta Bahia/Vanderley Soares.

 

 

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