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‘Golpe da Facção’ faz vítimas em Alagoinhas; entenda e veja como se proteger

Criminosos entram em contato com as vítimas se identificando como integrantes de facção criminosa, e por meio de ameaças e intimidação tentam extorquir dinheiro

 

Ainda que não seja relativamente novo, uma prática criminosa tem se relatado cada vez mais e merece a atenção da população: é o chamado “golpe da facção”. Segundo relatos, os criminosos entram em contato com as vítimas se identificando como integrantes de facção criminosa e, por meio de ameaças e intimidação, tentam extorquir dinheiro dos usuários.

A reportagem do Luciano Reis Notícias, apurou na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) da cidade de Alagoinhas/Bahia, a denúncia de uma mulher moradora no bairro do Dois de Julho.

A mulher que teve o nome preservado, relatou que o suspeito entrou em contato com seu filho adolescente, se apresentando como integrante da facção Comando Vermelho (CV). Ele afirmou que a vítima, estaria se relacionando com uma mulher casada e que por conta disso, três veículos pick-ups com ‘integrantes da tal facção’ fortemente armados, estariam chegando em sua casa para um ‘acerto de contas’.

O caso ocorreu na madrugada de terça-feira, 14 de fevereiro, por volta das 2h30.

A tática da intimidação e ameaça serviria para amedrontar a vítima, que posteriormente ganharia uma saída: dar dinheiro para o criminoso a fim da família se livrar da facção. Apesar da organização criminosa ser conhecida por ser do estado do Rio de Janeiro, segundo a mãe do jovem, o suposto criminoso tinha um número com prefixo (DDD) do Estado de Pernambuco (081).

Segundo a vítima, assustada e para se ver livre da situação, fez uma transferência via Pix no valor de R$ 400 para uma conta disponibilizada pelo ‘falsário’, após solicitação dele da quantia para que toda o problema fosse resolvido.

“Após eu fazer o primeiro depósito, ele pediu mais R$ 900. Foi aí que percebi que se tratava de um golpe. Não passei mais dinheiro”, relatou o adolescente à Polícia Civil.

Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Alagoinhas. Foto: Luciano Reis Notícias

Para especialistas em segurança digital, perfis empresariais são os mais suscetíveis a serem alvos desse tipo de crime, principalmente por conta da maior exposição. No entanto, segundo eles, diante da prática criminosa como a relatada, o ideal é que as pessoas não deem margens para os criminosos.

“Todos nós estamos sujeitos a este tipo de golpe, desde pessoas físicas e jurídicas e grandes empresários. Porém, a gente percebe que isso é mais comum em comerciantes e autônomos não muito grandes. Sabendo que este tipo de criminoso se aproveita do medo das pessoas para conseguir dinheiro, o ideal mesmo é que as pessoas não abrirem margem para eles, não respondendo. Apenas bloqueie o número e mande para a polícia”, afirmam os profissionais.

Ainda segundo os especialistas, mesmo não havendo como se proteger totalmente, há uma série de medidas que podem – e devem – ser tomadas para fins de segurança.

“Evitar 100% não tem como, até porque o bandido só precisa de uma abertura mínima para ir atrás das pessoas, o que pode ser feito em várias redes sociais. Só que na questão do WhatsApp, é importante salientar que uma prática bem saudável para quem é comerciante ou autônomo é ter dois números, um para profissional e outro para pessoal, porque aí com o número público ele pode filtrar melhor as possíveis tentativas de golpe. Aí o contato pessoal você passa apenas para amigos e pessoas próximas”, finalizam os agentes de segurança da internet.

Orientação

A Polícia Civil orienta as pessoas que receberem esse tipo de mensagem a não efetuar transferências, depósitos ou qualquer pagamento aos golpistas. Os números de telefone que enviam as mensagens também devem ser bloqueados, e o BO deve ser registrado imediatamente na unidade policial mais próxima.

 

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