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CE aprova instalação obrigatória de internet em escolas

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, na terça-feira (30), projeto que garante a instalação de internet em escolas públicas pelas prestadoras de serviços de telecomunicação. O autor é o presidente da CE, Flávio Arns (PSB-PR), e a relatora foi a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO-Foto). O PL 786/2023 segue para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

O projeto altera a Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472, de 1997) e o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST – Lei 9.998, de 2000). As mudanças buscam assegurar que tanto novos contratos quanto prorrogações das autorizações de uso de radiofrequência sejam condicionadas ao investimento na implantação da internet nas escolas públicas.

Para não onerar excessivamente as empresas de telecomunicação, o PL 786/2023 permite que os valores investidos nas escolas sejam compensados com a redução da contribuição devida ao FUST.

O projeto vai ao encontro do Programa Banda Larga nas Escolas, do Ministério da Educação, segundo o qual concessionárias de telefonia fixa devem instalar conexão à internet em alta velocidade em todas as escolas públicas situadas na área em que prestam serviços de comunicação.

A nova regulação das telecoms (Lei 13.879, de 2019), que entrou em vigor e 2019, permite que prestadores de serviço adotem o regime privado, sujeito a uma menor carga regulatória e livre das obrigações de universalização. Arns afirma que o Programa Banda Larga nas Escolas corre risco em razão desse novo marco, que “é omisso quanto à obrigatoriedade da destinação desses recursos para a instalação, ampliação e modernização da banda larga nas escolas”.

A relatora, senadora Dorinha, apresentou dados que mostram a realidade das escolas brasileiras quanto à disponibilidade de internet. O Censo Escolar 2022, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revela que menos de 60% das escolas do Acre, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá estão conectadas a recursos on-line, por exemplo. “Há muito o que ser feito quando o assunto é conectividade para a educação”, afirma. (Agência Senado)

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.

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