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Defesa de Bolsonaro avalia acionar o Supremo contra decisão de inegibilidade do TSE

Jair Bolsonaro não poupou o Supremo Tribunal Federal (STF) de críticas durante o seu mandato, mas agora vê seu futuro político nas mãos da corte.

Isso porque o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante do ex-presidente, disse na sexta-feira (30.6) que avalia recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou à inelegibilidade por oito anos.

Após a proclamação do resultado do julgamento, Carvalho disse que vai aguardar a publicação do acórdão — documento que reúne os votos proferidos por todos os ministros — para entrar com recurso no Supremo.

“A defesa recebe com profundo respeito a decisão do tribunal e aguarda a publicação oficial dos votos para verificar qual a estratégia, inclusive recorrer ao STF”, afirmou.

Foto: Shutterstock

Os ministros do TSE também estão no STF

Mais cedo, o TSE, por 5 votos a 2, condenou Bolsonaro. Segundo a maioria dos ministros, o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao promover reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

Três dos sete ministros do TSE também fazem parte do STF e podem participar do julgamento do eventual recurso.

Pelas regras internas da Corte, os ministros que atuam no tribunal eleitoral não ficam impedidos automaticamente de julgar questões constitucionais em processos oriundos do TSE.

Revoltado: Bolsonaro reconhece inegibilidade

Depois de resistir por semanas a fio a reconhecer sua derrota nas eleições, Bolsonaro assumiu rapidamente sua inelegibilidade.

“Estou inelegível a partir de agora”, reconheceu o ex-presidente aos gritos, inconformado com o resultado.

Ele falou com a imprensa em Belo Horizonte e afirmou que o Brasil está em “caminho bastante avançado” para se tornar uma ditadura, ainda que a decisão judicial tenha sido tomada de forma colegiada.

“Isso não é democracia”, disparou Bolsonaro, após a condenação. (Moneytime)

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.