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Dino reforça a necessidade de criar nova força de segurança em Brasília para evitar outro 8/1

Passados seis meses dos episódios de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ser necessário criar uma nova força de segurança para atuar especificamente na Esplanada dos Ministérios e em pontos da capital onde funcionam as sedes de outros órgãos da administração pública federal a fim de evitar atos semelhantes aos do 8 de janeiro. A declaração foi dada durante entrevista exclusiva ao R7 na sexta-feira (7).

A ideia de um novo órgão de segurança foi apresentada por Dino logo após o dia das manifestações extremistas. O ministro chegou a anunciar um pacote de medidas para “preservar a democracia”, entre elas, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que fosse instituída uma Guarda Nacional permanente em substituição à Força Nacional. Os projetos, contudo, ainda não saíram do papel, mas Dino quer retomar a discussão neste semestre.

No entendimento dele, é preciso que o governo federal tenha poderes para autorizar que uma corporação possa atuar de forma imediata para proteger eventuais ataques aos Poderes da República, e não ficar à espera de uma decisão do Governo do Distrito Federal sobre reforçar o policiamento na região central da capital.

Segundo Dino, mesmo que o governo federal permita o emprego da Força Nacional em situações extremas, a palavra final cabe ao Executivo local, que pode demorar em aceitar o reforço. O ministro lembra que no dia anterior ao 8 de janeiro liberou o uso da Força Nacional para evitar possíveis episódios de violência, mas, de acordo com ele, o órgão só atuou quando os atos de vandalismo já tinham começado.

Dino frisa que o governo federal precisa deixar de “terceirizar” a segurança pública da região que compreende o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A segurança pública do Distrito Federal é custeada pelo Fundo Constitucional do DF, verba que é repassada pela União ao GDF.

Ideia não agrada ao GDF

Quando Dino apresentou a ideia no início do ano, a medida não agradou ao GDF, e membros do Executivo local disseram que a Polícia Militar dá conta de proteger os prédios da administração pública federal. O ministro reconhece que a proposta é polêmica, mas garante que vai lutar até o fim por ela.

“Continuo batalhando, mas sempre compreendendo que é preciso no regime democrático ter paciência, porque não são decisões individuais. É uma tessitura. Você precisa, de fato, construir uma rede de apoio às suas ideias”, destacou o ministro. (Augusto Fernandes)

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.