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Eletrobras (ELET3) tem melhor balanço desde a privatização

A Eletrobras (ELET3) registrou lucro líquido de R$ 1,619 bilhão no período, o que representa alta de 16% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

A receita operacional líquida da companhia cresceu 4% em relação ao segundo trimestre de 2022, alcançando R$ 9,246 bilhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação, em português) totalizou R$ 6,595 bilhões, crescimento de 59% frente a abril e junho de 2022.

Já a margem Ebitda alcançou 71% no período, uma alta robusta de 24,5 pontos porcentuais na comparação anual.

Enquanto isso, os investimentos no trimestre despencaram 46% no comparativo ano a ano, para R$ 1,388 bilhão.

No acumulado do primeiro semestre de 2023, o lucro líquido da Eletrobras chegou a R$ 22,018 bilhões, alta de 8% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

O que dizem os analistas

O Santander está otimista com o desempenho das ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) e reiterou recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 59,49 — um potencial valorização de 45,1% em relação ao fechamento da segunda-feira (7).

O lucro líquido da estatal ficou 80,2% acima das projeções do Santander.

Segundo os analistas, o indicador foi impactado principalmente pela surpresa positiva do Ebitda recorrente ajustado, que atingiu R$ 5 bilhões, e pela forte reversão de provisões.

Os especialistas do banco destacam boas notícias sobre a gestão de passivos, mas veem uma pressão confirmada sobre preços de energia.

Para o Santander, o aumento da atividade no mercado de energia também foi destaque positivo, apesar da queda robusta dos preços médios.

Enquanto isso, o BTG Pactual destacou que, ainda em menor parte, os riscos políticos e os custos devem seguir como pontos de atenção.

O banco manteve recomendação de compra dos papéis ELET3, com preço-alvo de R$ 53,00 — uma valorização de 46,2% em relação ao fechamento anterior.

Por sua vez, os analistas do Itaú BBA fixaram o preço-alvo das ações da Eletrobras em R$ 61,60 para o fim de 2023. O valor implica em um potencial de alta de quase 70% frente ao último fechamento.

Os analistas destacam a redução bilionária nos empréstimos compulsórios contabilizados da empresa, para R$ 22,2 bilhões.

O empréstimo compulsório é um dos “esqueletos” que restaram no balanço da antiga estatal. A cobrança remonta aos anos 1960 e vinha todos os meses nas contas de luz de empresas que consumiam pelo menos 2 mil quilowatts por mês e durou até 1993.

Celular com logo da Eletrobras – Imagem: T. Schneider/Shutterstock

Os problemas surgiram na hora de devolver o dinheiro. Vários consumidores entraram na Justiça para questionar a forma de correção dos valores.

Após a redução no último balanço, a expectativa dos analistas do Itaú BBA é que essa conta siga em queda, o que é uma boa notícia para os acionistas da Eletrobras. (Camille Lima)

 

Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política.

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