Enganados, sem salários, sem retroativo, sem precatórios , sem condições de trabalho, sem apoio, sem gratificações, sem consideração do gestor da cidade, professores contratados demitidos, o ano letivo com menos de 135 dias de aula, essa é a realidade da cidade de Pedrão no estado da Bahia.
Em Pedrão, a profissão de professor envolve grandes desafios, como as lacunas na formação inicial, a falta de valorização profissional, a sobrecarga de trabalho, os baixos salários e, muitas vezes, as condições precárias das escolas na zona rural,sem computadores, materiais escolares, salas sem ventilação, o mato tomando conta das escolas, docentes vivem sem apoio da Associação dos Professores Licenciados do Brasil.
Entrada da cidade de Pedrão. Foto: Reprodução/Internet
“O Prefeito de Pedrão não paga aumento de salário retroativo para nós, enquanto isso ele fica fazendo praça e desfilando com os carros que tem”, lamentou uma professora. Em entrevista, uma professora que, não quis se identificar, disse que :”o prefeito de Pedrão, Sosthenes Serravalle Campos (PSD) sancionou uma lei que garante aumento de salário de 15% aos professores do município. A Lei entrou em vigor a partir do salário do mês de novembro, tirando dos professores os 10 meses de reajuste que a Lei Nacional do piso salarial garantiu desde o mês de janeiro de 2023. Em resumo, professores municipais não receberam aumento salarial quando deveriam receber e o prefeito passou o ano de 2023 inteiro adiando, com o intuito de prejudicar os professores e não pagar o retroativo salarial.
Segundo alguns professores, a APLB, sindicato que os representa, foi negligente ao permitir que esta Lei fosse aprovada sem garantir o retroativo, não houve diálogo e não se sabe o motivo do sindicato, até hoje não toma uma providência para garantir que os docentes tenham o direito de receber o retroativo salarial corrigido, através de intervenção no Poder Judiciário, já que a Lei Municipal foi sancionada e não há mais nada a se fazer, a não ser entrar na justiça. Muitos professores afirmam que para o ano de 2024, espera-se que não haja jornada pedagógica e tampouco iniciem o ano letivo sem que haja um acordo, até porque em janeiro de 2024 o piso vai ser atualizado novamente e a exemplo deste ano, corre-se o risco do prefeito novamente não pagar.
A redação procurou a assessoria do prefeito, a APLB e o secretário de Educação, mas não foram encontrados até o fechamento da nota.
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Da Redação- Luciano Reis Notícias