No último ano, a inflação entrou em um movimento de desaceleração, tanto que o Banco Central deu início ao seu afrouxamento monetário. No entanto, os preços dos alimentos vêm pressionando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e preocupando o governo.
Na inflação de fevereiro, divulgada no início da semana, o grupo de alimentação e bebida foi um dos que mais subiram no período. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a inflação geral foi de 0,83%, enquanto a alimentação no domicílio avançou 1,12%.
Imagem: Reuters/Pilar Olivares
Em meados do ano passado, o grupo chegou a registrar deflação, mas vem acumulando altas desde setembro. Confira no gráfico abaixo:
Em doze meses, o grupo acumula uma alta de 1,76% — quase nada, quando comparado com os 12,29% registrados em janeiro do ano passado, mas, ainda, sim, um avanço inflacionário. No ano, o acumulado já é mais que o dobro da inflação geral: 2,95%, contra 1,25%.
Olhando para produtos, houve uma maior influência dos aumentos de preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).
“Neste caso, houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, aponta André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE. (Por Juliana Américo)
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Bahia na Política