O espaço funcionava sob os cuidados de um casal de pastores, que cobrava entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês para acolher as vítimas. As mulheres viviam em péssimas condições sanitárias e trancadas em quartos. Elas dormiam em beliches feitos de ripas e com pregos expostos.
De acordo com a Polícia Militar, as vítimas foram resgatadas em uma ação da prefeitura da cidade, que teve suporte da 79ª Companhia Independente da PM. Elas foram encaminhadas para um Centro de Referência de Assistência Social (Creas) do município e, em seguida, devolvidas às famílias.
“Recebemos denúncias de órgãos municipais e do Ministerio Público, de que estaria ocorrendo crimes contra a mulher e também de saúde pública no interior dessa residência”, explicou o tenente Oseias Varges.
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Segundo familiares das vítimas, elas foram violentadas e estão com o psicológico muito abalado. Durante o resgate, algumas internas precisaram, inclusive, ser carregadas por policiais.
Em uma reportagem realizada pela TV SUDOESTE, ficou claro que em alguns casos, os pastores além de cobrar a mensalidade, ainda pegavam o cartão de benefício social das vítimas para sacar o dinheiro e retê-lo.
No local, foram encontrados vários remédios sem receita médica. Nenhuma das internas tinha cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS) do município e não há informações sobre como o casal conseguia os medicamentos, entre eles remédios tarja preta e estimulantes sexuais. O imóvel foi vistoriado por órgãos da prefeitura e pela PM, e foi constatado que as internas eram agredidas verbalmente, fisicamente e sexualmente.
Durante o resgate, apenas a pastora estava no imóvel. Ela foi conduzida pela para a delegacia, ouvida e liberada. As seis vítimas também já prestaram depoimento. O pastor não foi encontrado. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.