O Rio Grande do Sul contabiliza, até o momento, 722 abrigos temporários em decorrência das intensas chuvas, inundações e enxurradas que assolam o estado desde o fim de abril.
Os dados, divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) estadual, baseiam-se em informações das secretarias municipais de Assistência Social. Conforme os números oficiais mais recentes, há um total de 81.170 pessoas abrigadas no RS, em meio a um cenário onde 446 dos 497 municípios gaúchos foram afetados.
Foto: Pedro Piegas/PMPA
O secretário de Desenvolvimento Social do RS, Beto Fantinel, ressaltou que o número de abrigos e de desabrigados pode flutuar conforme a movimentação das águas. “Os abrigos operam conforme a demanda dos atingidos, que varia constantemente”, explicou.
Com previsão de novas chuvas fortes para domingo (15), o estado mantém-se em alerta. Em Porto Alegre, por exemplo, o nível do lago Guaíba pode superar os cinco metros, dois acima do nível de inundação.
Além disso, são levantadas as condições de infraestrutura e as necessidades de materiais em cada abrigo, em uma ação conjunta que envolve órgãos como o Ministério do Desenvolvimento Social e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O governo gaúcho utilizará os dados para solicitar apoio específico e direcionar recursos conforme as necessidades reais dos abrigos e dos desabrigados. Entre as prioridades estão acesso à água potável, medicamentos, itens de cozinha, cobertores e materiais de higiene e limpeza.
Segundo levantamento inicial, 47,92% dos abrigos possuem gestantes ou puérperas; 47,17% abrigam população indígena ou quilombola; e 43,75% recebem migrantes.
Dados adicionais revelam que 91,67% dos abrigos possuem banheiros suficientes; 78,12% têm espaços de lazer para crianças e adolescentes; e 62,5% contam com cozinha para preparo de alimentos.
Em relação à segurança e assistência, 58,33% possuem equipes de segurança; 85,42% têm equipes de saúde; e 83,33% dispõem de equipes de atendimento psicossocial.
Até a última sexta-feira (9), quase 2 mil toneladas de doações foram encaminhadas aos desabrigados, exclusivamente por órgãos federais.
Os registros oficiais apontam 143 mortes causadas pelo mau tempo, com enchentes e enxurradas, além de 125 desaparecidos e 537.380 desalojados até o momento.
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Sociedade Online