Há cinco anos, no dia 17 de março de 2020, foi publicado o decreto que instituiu ações de enfrentamento ao Coronavírus na Bahia. Naquela altura, o estado já tinha confirmado 27 pacientes infectados. Atualmente, mais de 1,8 milhão de casos e mais de 29 mil mortes foram registrados por Covid-19.
Em 2025, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), já foram registrados 4.139 casos e 22 mortes. De acordo com o infectologista Adriano Oliveira, em entrevista ao Conexão Sociedade, programa da Rádio Sociedade, a pandemia ainda não acabou.
“A gente não tem um número menor de contaminação. Infelizmente, as vacinas não deram uma aliviada, principalmente porque as pessoas não estão se vacinando. A pandemia ainda não acabou, o vírus continua circulando bastante, com um comportamento ainda epidêmico, sendo imprevisível”, explica Adriano.
Foto: Douglas Dórea/Rádio Sociedade da Bahia
O infectologista ainda comparou a situação com o vírus Influenza, também conhecido como gripe, que tem picos da doença no período do inverno. “A Influenza tem um comportamento conhecido e previsível. A Covid aparece quando bem entende, é meio selvagem e aleatória.”
Segundo Adriano, a queda de casos graves acontece graças à variante Ômicron. Apesar disso, esta variante da Covid-19 é o agente mais infeccioso da história da humanidade, sendo extremamente contagiosa, mas produzindo uma doença menos agressiva.
“Essa combinação foi muito interessante, porque, ao mesmo tempo que não leva as pessoas para o hospital, imuniza rapidamente a população inteira. Devido a isso, ela inibe a criação de novas variantes”, diz Adriano. Para ele, o atual risco para a humanidade é o surgimento de uma nova variante com o poder de contaminação da Ômicron, mas que não seja benevolente nos sintomas.

Foto: Douglas Dórea/Rádio Sociedade da Bahia
Confira a entrevista na íntegra:
Da Redação- Luciano Reis Notícias, via Sociedade Online